A Intrigante Conexão entre Bactérias Intestinais e Alzheimer

Introdução:

As relações complexas entre o cérebro, o intestino e a composição microbiana têm se destacado como peças-chave no quebra-cabeça das doenças neurodegenerativas. Em um estudo revolucionário, pesquisadores dos EUA exploraram a ligação entre bactérias específicas do intestino e o desenvolvimento do Alzheimer, revelando descobertas surpreendentes.

O Papel da Microflora no Desenvolvimento do Alzheimer:

Investigando a microbiota intestinal por meio do maior estudo genômico humano, os cientistas identificaram uma relação genética entre diferentes gêneros de bactérias intestinais e o diagnóstico de Alzheimer. Além disso, uma conexão entre os micróbios e um fator de risco genético para a doença foi estabelecida. Esta descoberta enfatiza a interação crucial entre fatores genéticos e a microflora intestinal na saúde cerebral.

Os Pequenos Habitantes do Corpo:

Desde os estágios iniciais do desenvolvimento, nosso corpo é colonizado por uma variedade de micróbios, criando uma trégua mutuamente benéfica. No entanto, mudanças na composição microbiana podem afetar drasticamente o funcionamento do corpo. A relação entre a microflora intestinal, o sistema imunológico e o funcionamento neurológico tornou-se alvo de pesquisa intensiva.

A Ligação Cérebro e Bactérias:

Estudos observacionais destacam uma redução na diversidade microbiana em indivíduos com Alzheimer, enquanto análises laboratoriais sugerem que as bactérias intestinais podem liberar substâncias inflamatórias prejudiciais ao cérebro. O gene APOE E4, conhecido como um risco genético para o Alzheimer, adiciona complexidade ao quadro, suscitando questionamentos sobre sua influência na composição microbiana.

Detalhes do Estudo e Descobertas Notáveis:

A equipe examinou minuciosamente 119 gêneros bacterianos, identificando 20 suspeitos de desempenhar um papel no Alzheimer. Uma segunda busca mais restrita confirmou 10 gêneros, quatro dos quais apresentaram relação com o alelo APOE. Destaca-se o Actinobacterium Collinsella, associado não apenas ao Alzheimer, mas também a condições como artrite reumatóide e diabetes tipo 2. A capacidade da Collinsella de influenciar hormônios inflamatórios e aumentar a permeabilidade intestinal emerge como um possível contribuinte para danos neurológicos.

Conclusão:

Este estudo aprofundado proporciona evidências convincentes de uma ligação entre bactérias intestinais específicas e o desenvolvimento do Alzheimer. A compreensão dessa intricada rede de interações genéticas e microbiológicas abre portas para novas abordagens terapêuticas e destaca a importância de cuidar não apenas do cérebro, mas também do ecossistema microbiano que o rodeia.

Fonte:https://catracalivre.com.br/saude-bem-estar/estudo-liga-bacterias-especificas-ao-desenvolvimento-de-alzheimer/

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